A Faculdade Atlântico Sul de Rio Grande, realizou na manhã deste sábado (21), a sua mostra de iniciação científica interna. Mais de 30 trabalhos dos alunos da faculdade foram apresentados através de pôsteres dispostos no saguão principal do seu campus de Administração e Comércio Exterior.
Os trabalhos estavam mais ligados à realidade do comércio exterior e da gestão empresarial, de suas atividades profissionais em específico, do que com a ciência. Mas, através destes trabalhos se pode ver a contribuição que a academia pode proporcionar ao meio profissional. Ou seja, a ciência aliada às técnicas gerencias nos setores administrativos das empresas e do comércio exterior.
Duas pesquisas me chamaram a atenção, uma tinha como problema a realidade das micros e pequenas empresas da cidade que não exportam como na região serrana do Estado. O outro é um estudo, também tendo como objeto a realidade riograndina, que apresenta a necessidade de se explorar mais a distribuição dos modais.
Quanto ao primeiro estudo sou suspeito em falar, pois se trata do trabalho da minha irmã, Camila Balbela Consoni, que integra o grupo. Porém, através da pesquisa deles pude identificar alguns dos obstáculos, enfrentados pelas empresas para poder exportar. A pesquisa apresentou problemas relacionados à falta de informações, dificuldades em financiamentos e, pelo que compreendi na apresentação do pôster, a falta de cultura empreendedora destinada à exportação. Assim, a pesquisa sugere algumas soluções que seriam: a intensificação dos consórcios de exportação; e fomento a conscientização do empresariado riograndino, mostrando as vantagens de se exportar. Como contribuição, acho interessante que esse grupo prepare uma Manual de Exportação no final da sua pesquisa, que se encontra em andamento, para que fosse distribuído aos empresários da cidade para saber como devem se preparar para exportar e elevar o Pib da cidade.
O outro trabalho que me despertou curiosidade foi do grupo que pesquisa o motivo de o modal ferroviário ser pouco explorado na região. De fato o problema não é privilégio só da Metade Sul do Rio Grande do Sul, porém, historicamente, de todo o país. Este grupo identificou alguns fatores políticos e sociais que levam aos brasileiros a preferirem o modal rodoviário. O estudo me pareceu estar no início, pois ainda não apresenta nenhuma consideração. Não cheguei a assistir a apresentação do grupo, mas, certamente, quando concluída, a pesquisa será de grande utilidade como alternativa para se estabelecer o modal ferroviário no país, já que irão apontar as dificuldades que levam as cargas para as rodovias. A sugestão que deixo a esse grupo é que se desenvolva a mesma linha de pesquisa tendo como objeto de estudo outro modal, o hidroviário. O Rio Grande do Sul é um estado privilegiado com sua malha hidroviária e poderá usar esse método de transporte como alternativa e também por, indiscutivelmente, ser o mais econômico e ecológico.
Quanto ao restante dos trabalhos estão todos de parabéns. Assim como a instituição que parece conseguir alcançar um de seus objetivos que é formar pessoas preparadas para desenvolver Rio Grande.
Assim, como visto em postagem anterior, neste blog, a iniciação científica tem contribuição mais do que acadêmica, podendo ensinar também a prática profissional.
Saturday, October 21, 2006
Faculdade Atlântico Sul tem manhã de mostra científica
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