Lendo o livro A Opinião no Jornalismo Brasileiro, de José Marques de Melo, me deparo com uma citação de Nélson Rodrigues criticando o copidesque e a objetividade de tal maneira que resolvi publica-la aqui. Tirem suas conclusões, considerando que o livro de Rodrigues, de onde a citação foi retirada, é de 1977.
Sim, o copidesque instalou-se como uma figura demoníaca nas redações. (...) Aliás, devo dizer que o copidesque e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro (...) E o pior é que, pouco a pouco, o copidesque acabou fazendo do leitor um outro idiota da objetividade. A aridez de um se transmite ao outro. Eu me pergunto, se um dia, não seremos nós cem milhões de copidesque. Cem milhões de impotentes de sentimentos (RODRIGUES apud MELO, 1994, p. 82).Seríamos, hoje, tais idiotas que ele se referia na época?
2 comments:
É algo para se pensar...
O jornalismo tem perdido cada vez mais o seu lado humano e subjetivo...
Pessoal, a referência da citação que se encontra no livro do Melo estava errada. Afoito em publicar essa citação acabei invertendo o número 82 por 28. O erro foi percebido quando recebi o e-mail da Sabrina Primo, perguntando se eu saberia dizer qual era o livro do Rodrigues mencionado no livro de Melo. Ao procurar, nada encontrei na página 28 e fazendo uma rápida passagem pelas páginas verifiquei que a citação estava na página 82.
Bibliografia do livro citado por Melo: RODRIGUES, Nelson. O reacionário (memórias e confissões). Rio de Janeiro, Record, 1977, p. 64.
A referência foi corrigida e a página correta no livro de Melo é a 82.
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