Wednesday, August 29, 2007

Wal Mart, Dow Chemical, CIA e Vaticano podem estar editando a Wikipédia

As empresas e instituições, como Wal Mart, Dow Chemical, CIA e Vaticano foram detectadas como possíveis editores da Wikipédia por um programa desenvolvido pelo estudante californiano, Virgil Griffith, que identifica os computadores onde são feitas as alterações nos textos da enciclopédia on-line.

A Wikipédia sugere um espaço para a construção de um conhecimento coletivo sobre qualquer tipo de assunto. O propósito é que voluntários, conhecedores de determinados temas, tenham um espaço para compartilhar o seu conhecimento. Agora, se essas empresas e instituições passam a fazer tais alterações, os textos podem estar sendo manipulados para que suas imagens sejam mantidas.

Não duvidava que isso já pudesse ocorrer, mas com essa ferramenta que identificou esses editores "voluntários", fica claro que o cuidado com o que se lê na Wikipédia deve ser redobrado.

Veja o trecho abaixo retirado da notícia do site Publico.PT:

"Detectou por exemplo que alguém da empresa Dow Chemical apagou uma passagem sobre o acidente de Bhopal, na índia, em 1984, quando foi libertado um gás venenoso de uma fábrica da Union Carbide (agora propriedade da Dow)."

Isso mostra que a Wikipédia pode não estar apenas a serviço do cidadão, mas também das empresas que desejam iludi-lo.

O crédito da informação é de Jan Alyne Barbosa que fez uma postagem divulgando a descoberta no blog do GJOL.

Tuesday, August 28, 2007

CRIATIVIDADE: campanha de doação de sangue usa Internet como tema

Há um vídeo de publicidade institucional no blog do GJOL muito criativo que tem como tema uma janela semelhante a dos vídeos do You Tube. Vale a visita, mas tem que assistir até o final. Para ver o vídeo clique aqui e para ver a postagem no GJOL clique aqui.

Sunday, August 26, 2007

Second Life não é só um Game

A real utilidade do Second Life parece ainda não estar bem definida. A plataforma surgiu mais parecendo um jogo, o que ainda é para muitos. Ao longo da sua ainda curta existência, as pessoas passaram a utilizá-lo como uma rede social, onde encontram e fazem novos amigos. Mas, em seguida, as empresas e instituições passaram a criar seus espaços no mundo que sugere uma segunda vida, a vida virtual.

Nessa segunda vida, as pessoas criam um avatar, que pode ser parecido consigo mesmo ou criam um "boneco" totalmente novo para representar-se no mundo virtual. Não possuo dados estatísticos para afirmar qual das duas tendências é mais seguida. No entanto, trabalharia com a hipótese de que os usuários seguem a primeira linha, de representar-se, pois todos os conhecidos que encontrei por lá (4 pessoas :P) são muito parecidos com a figura real.

Mas afinal, qual é a real utilidade desse novo mundo?

Destaquei a questão das pessoas virtualizarem sua própria imagem através dessa plataforma, por julgar importante para as primeiras conclusões que tenho a respeito do Second Life. Vejo que seria errado dizer que é um jogo, pois no mínimo seria uma rede social, já que se pode interagir, formar amigos, fazer-se contatos profissionais e acadêmicos. Pode-se dizer que para alguns não passa de entretenimento, mas há quem leve a coisa a sério, tanto que gastam dinheiro para ter mais possibilidades, como construir espaços, adquirir produtos, oferecer serviços etc. Então, o uso que a pessoa dá ao Second Life será o que irá determinar qual é a sua real finalidade.

Nos meus primeiros passeios pelo mundo virtual apenas explorei de forma a satisfazer a minha curiosidade e aprender as funcionalidades do sistema. Mas, logo senti a necessidade de encontrar alguma finalidade produtiva no Second Life. Foi quando passei a procurar por universidades, centros de pesquisa e locais famosos que desejava conhecer. Encontrei dois lugares muito interessantes, onde pude comprovar que o uso dessa plataforma pode ser mais do que uma simples rede social ou mesmo jogo.

O primeiro local a que me refiro é a Universidade de Aveiro, de Portugal, onde se encontra diversas informações da instituição, como de congressos, das pesquisas desenvolvidas, links para outros centros de pesquisa, também no Second Life, e até mesmo uma oferta de emprego numa divulgação de um concurso que a Universidade está promovendo para a contratação de três professores. O meu objetivo na visita era encontrar avatares por lá que pudessem me fornecer informações sobre alguns cursos daquela instituição, mas infelizmente não havia ninguém, acredito que devido ao fuso horário. Voltarei para fazer contatos e obter informações em outra oportunidade. Mas, o que fica claro nesse exemplo é que o uso que dei ao Second Life foi acadêmico e não para um jogo ou simplesmente manter uma rede social.

A NASA possui uma ilha no Second Life, onde apresenta seus centros de pesquisa, brinda seus visitantes com um museu espacial e parece estar formando um centro de treinamento. No mundo tecnológico dos astronautas, o uso de simuladores é o que garante o treinamento para o sucesso das suas operações. Se isso for realmente realizado, todos poderão passar pelos treinamentos dos astronautas. Claro que isso não parece ter muita utilidade, pois no que me interessaria saber pilotar um ônibus espacial se nunca entrarei num. Mas, pode-se ver que é possível utilizar-se o sistema para treinamentos e aprendizado. O que dá outra utilidade ao Second Life.
Voltando para o passeio da Universidade de Aveiro, lembro de encontrar algumas salas de aula naquele local. Então, certamente eles estão se preparando, se é que já não o fazem, para disponibilizar aulas virtuais através da plataforma. Esse uso para o ensino não foi nenhuma novidade em minha visita. Pois a Gabriela já havia me falado muito do seu projeto experimental com a Alessa, que será uma palestra online [link needed] no Second Life que terá como tema a Comunicação nesse novo mundo. O que comprova que as pessoas parecem necessitar fugir do ócio e buscam para o Second Life um uso produtivo.

Vejo grandes possibilidades para o Second Life, tanto acadêmicas como profissionais, ou até mesmo para a manutenção de uma rede social que ao interagir pode dividir conhecimento de culturas e manter discussões sociais. Isso já era possível em outras plataformas, mas esse sistema parece tornar mais fácil a interação e sem dúvida é muito mais atrativo. É muito melhor conversar-se com outro avatar, que faz gestos, emite sons, do que se passar horas olhando para uma janela de chat. Assim como será muito mais atrativo se assistir uma palestra podendo ver as pessoas presentes e o próprio palestrante do que simplesmente ouvi-lo e vê-lo.

Não continuarei postando muito por aqui a respeito das minhas visitas ao Second Life, pois estou enviando os meus posts para a Gabi que mantém um blog para depoimento dos avatares. Pode-se visitá-lo clicando aqui e lá já tem duas postagens que fiz, com imagens, falando mais sobre esses dois locais acima mencionados.

Sunday, August 19, 2007

Friday, August 17, 2007

As pessoas editam as suas vidas através do que falam

A construção do imaginário está relacionada com as trocas entre as vontades do homem e as possibilidades da natureza (DURAND, 1999). O homem quando imagina alguma coisa baseia-se em suas experiências de vida, ou seja, experiências reais. Por isso, o homem quando imagina alguma coisa está relacionando a sua idéia com algo que já ocorreu, ou que desejasse que ocorresse. Por isso, a natureza passa a fazer um importante papel na construção do imaginário, pois a limitação natural é muitas vezes o que nos leva a imaginar alguma coisa. Por exemplo, o desejo humano de voar que cria o super-herói, ou ainda dentro desse campo de imaginação os monstros criados representando os nossos medos das pragas.

O estudo da imagem está relacionado com esse imaginário, já que a imagem é "uma coisa (material ou imaterial, natural, registrada ou 'fabricada") que se parece a outra coisa" (JOLY, 1993). Então, a construção dessa representação passa a ser algo totalmente imaginário. Por exemplo, ao ver-se um anúncio publicitário de uma revista está se fazendo a leitura de um produto, que está sendo representado por uma imagem. A pessoa que está vendo a publicidade irá imaginar essa representação que é construída considerando a sua experiência.

Esse tema, da representação da imagem preocupa muito gente. Pois, estamos falando da fabricação de uma imagem para representar o real. Por exemplo, quando se está editando uma matéria, o repórter está fabricando uma imagem para representar determinada informação. Nesse ponto é que há a grande crítica da sociedade, pois a construção pode estar sendo manipulada. O repórter pode fabricar a imagem que deseja representar e por isso as edições são tão criticadas. Ele está editando a veracidade dos fatos.

A questão foi levantada na aula de hoje de Comunicação Imagética e Design do pós pela professora Elisa Piedras. Após nos apresentar as questões de como é a construção do imaginário e da imagem, ela nos fez refletir da credibilidade das edições que são tão criticadas. Quem não se lembra da famosa edição do debate entre o Lula e o Collor? Dentro desse contexto, de forma genial, a Elisa fez o seguinte questionamento: "As pessoas não editam suas vidas através do que falam?".

O exemplo não foi passado com a intenção de se discutir do que é certo ou errado nas edições, ou se as pessoas são ou não sinceras. A questão em relevância nesse momento é a construção da imagem, do imaginário, de como o imaginário está próximo do concreto e quão real é o concreto. Na verdade, seria mais correto dizer de que um lado está o simbólico e do outro o concreto. Pois, se falarmos de real podemos estar caindo no erro de afirmar que o abstrato não é real. Ou seja, uma comunidade abstrata na Web não poderia ser considerada real. Na verdade, ela é real de forma simbólica representada pelo abstrato. Ela não é concreta materialmente, mas existe de forma virtual, abstrata e simbolicamente.

O que vale dizer é que para se fazer pesquisa na Web, esses conceitos são extremamente necessários, já que a Internet constrói uma realidade num mundo virtualmente abstrato, onde o imaginário parece não ter limites, porém sempre levando em conta a questão da natureza.

Agora, posso entender conceitualmente porque muitas linhas de cursos de pós-graduação, que trabalham com as tecnologias, levam o nome imaginário.

*Autores para aprofundar o tema: Barthes, Durand, Rocca, Joly e Baudrilad.

Wednesday, August 15, 2007

Falta de respeito ganha a fama

A sonoplastia brasileira parece ter ganhado a sua última pérola. A música Vai tomar no... da atriz Criz Nicolotti pode até virar CD. A música está sendo vendida para o uso nos celulares e já teria rendido cerca de meio milhão de reais. Isso muito me entristece, pois de tantos artistas desse país que se esforçam para ter seu espaço na popularidade, logo músicas com palavra obscena são as que caem no gosto do público.

Convenhamos, que mau gosto. Em minha opinião, o fato apresenta o quanto faz falta a educação nesse país. Dessa vez, educação em todos os sentidos, pois em todas as classes sociais parece fazer sucesso. Então, o problema da falta de cultura no Brasil não é só atrelado à falta de escolaridade. Lembro de uma outra música com palavras pejorativas que fez sucesso, do Gabriel Pensador, que trazia a expressão "filho da p...". Esse cantor tem letras interessantes que criticam problemas relevantes, mas todos parecem ter seus momentos infelizes.

Espero que em algum dia a população desse país passe a dar maior valor aos seus reais artistas, para que as pessoas passem a ser mais cultas e, principalmente, respeitosas. Principalmente, na política que perdeu o respeito faz tempo.

Há ainda aqueles que acreditam que assim vamos a algum lugar. Haja paciência e que aqueles que incentivam esse tipo de lixo que sejam os que vão tomar no...

*a música foi até tema introdutório de um programa do Jô Soares. Mas, nesse caso, confesso que não foi surpresa nenhuma para mim.

Tuesday, August 14, 2007

Trapalhada no Fair Play

Um fato inusitado de fair play ocorreu no jogo entre o Ajax e o Den Haag numa partida de futebol. Depois da queda de um jogador lesionado do Ajax, o jogo foi interrompido pelo time adversário. Quando o jogo retornou, um dos jogadores do Ajax, com a boa intenção de praticar o fair play, devolve a bola para o Den Haag e faz um golaço. Acompanhe no vídeo como foi o desfecho das trapalhadas.

Chego a imaginar o que jogador do Ajax disse depois de fazer o gol. -- "Poo, eu só fui devolver a bola." Hahaha

Correspondência ou propaganda política?

A mídia gaúcha tem dado um bom espaço para o fato de corrupção na aquisição e uso de selos pelos servidores e políticos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. O senhor Macalão, inclusive, já confessou em depoimento que "tirava" em média R$ 3.000 semanais com a movimentação ilegal. No ano passado, a casa do povo gaúcho gastou a bagatela de R$ 814.031,45. O elevado valor pode ser explicado por ser ano eleitoral.

Os deputados têm uma cota para gastar em envio de correspondência que pode ser utilizada para expedição de material promocional das ações dos deputados durante suas gestões. Ou seja, é perfeitamente legal enviar-se um informativo divulgando (leia-se fazendo propaganda) das suas ações.

O fato do Macalão ter desviado os selos (leia-se dinheiro público) para proveito próprio ou de alguns deputados é o que menos me incomoda. Pois, a corrupção no Brasil já vem sendo banalizada de tanto que ocorre sem haver punição aos envolvidos. O que me inquieta é essa cota que os deputados possuem para divulgar suas ações (leia-se auto-promoção) com o dinheiro público e ao que parece é perfeitamente legal.

A minha preocupação é porque os deputados em exercício possuem duas grandes vantagens em relação aos futuros candidatos às cadeiras na Assembléia. Primeiro, por poderem passar os quatro anos dos seus mandatos fazendo propaganda política, o que é proibido fora do período eleitoral. Segundo, por não terem nenhum custo para isso, já que utilizam da sua cota parlamentar de selos.

O questionamento que faço frente dessa realidade é se isso pode ser considerado uso da máquina pública para promover sua campanha política?

A minha maior indignação é porque estamos definitivamente precisando de uma renovação dos nossos políticos frente ao grande número de escândalos de corrupção que temos acompanhado na mídia. Mas, parece-me que os deputados atuais já largaram a sua campanha para as próximas eleições no primeiro dia dos seus mandatos. Quando garantiram o recurso para a compra de selos e envio dos seus informativos políticos.

Sunday, August 12, 2007

Quem é melhor professor: O especialista, o mestre ou o doutor?

Há algum tempo, conversava com uma professora sobre a qualidade dos professores universitários e ela me explicou algumas questões que pude comprovar no pós-graduação que estou fazendo. Por ter sido uma conversa particular, não irei divulgar a identidade dela, por se tratar de uma opinião que não sei se desejaria divulgar. Mas, que fique claro que a contestação é dela, que ressalto por ter sido uma ótima percepção em meu entender.

Na conversa falávamos dos professores de graduação e das suas titulações, se possuíam mestrado, especialização ou doutorado. A pergunta que fazia era se professores com baixa especialização, até sem mestrado, estariam aptos a lecionar na graduação, se poderiam garantir uma boa qualidade no ensino. Foi nesse momento que, além de confirmar que sim, ela afirmou que poderiam ser ainda melhores do que um mestre ou doutor.

O fato é que em cada grau acadêmico as necessidades dos alunos e expectativas dos professores são bem diferentes. Quando um professor está lecionando a graduandos, ele está preparando profissionais, ensinado os conceitos básicos de determinado campo. Ou seja, criando o alicerce intelectual dos seus respectivos alunos. Nesse momento, um professor com muita titulação e, conseqüentemente, um nível teórico superior, pode vir a preparar suas aulas esperando um aprofundamento dos alunos que não estão preparados para tal. Assim, tanto os alunos passam a achar as aulas chatas e complicadas por não possuírem a base, como o professor pode frustrar-se por pensar que não está conseguindo passar o conhecimento.

No pós, os professores com maior titulação têm muito mais retorno dos alunos, pois estão mais maduros intelectualmente e, principalmente, têm um nível de leitura mais elevado. O aluno não vai mais à aula para aprender o bê-á-bá e sim preparado, com leituras prévias e com certo domínio dos temas abordados. Com isso, a aula passa a ser mais uma conversa, onde se desenvolve raciocínio crítico. Enquanto isso, o próprio mestre estará desenvolvendo o seu raciocínio ao discutir com os alunos. Há um crescimento mútuo, o que na graduação ocorre mais na parte do aluno.

O fato me ocorreu, por ter tido nesse final de semana uma das melhores aulas que já participei, com um professor muito bem preparado, com total domínio do assunto. Pareceu-me mais uma conversa do que uma aula. Claro, que com o professor sendo o nosso guia para a discussão dos temas ali abordados. O mestre em questão foi, também, meu professor na graduação e nesse período eu não gostava das suas aulas, compreendia pouca coisa e era obrigado a recorrer a livros "básicos" para poder aprender o que ele estava tentando passar. Claro, eu precisava da base e não de um tema muito aprofundado em que não entendia nada.

Passo a compreender e indagar-me de alguns professores da graduação. Alguns que julgava não terem sidos bons professores. Será que num pós eles não se sairiam bem, de forma excepcional como têm sido as aulas desse meu professor atual?

Agora, entendo a que a professora se referia quanto ao nível acadêmico dos professores. Não quer dizer que eles são ruins, mas é que muitas vezes estão nos locais errados. Entretanto, é importante ressaltar que têm professores que são ótimos em qualquer nível, assim como tem outros que não deveriam ensinar nem no jardim de infância. Mas, esse é o sistema educacional brasileiro que ainda precisa evoluir muito, mesmo que já perceba uma grande melhora na qualidade do ensino de uns anos para cá.

Bom melhorar mesmo, pois essa é a única solução para o Brasil e mundo: mais educação.

Quanto ao meu atual professor, concluo que não era ele quem não estava preparado para as aulas da graduação. O problema era que ele estava preparado de mais e eu de menos.

Wednesday, August 01, 2007

Mídia na mira do PT

A executiva do PT nacional aprovou ontem (31) uma resolução para que os seus militantes, partidários e que ocupam mandatos venham a combater a mídia. Na notícia do site do próprio partido, que também traz o texto completo da resolução, é afirmado que "a campanha de 2008 já começou". Eles alegam que a mídia está aproveitando-se de fatos como o acidente da TAM para ir contra o PT e o governo Lula.

Esse episódio muito me preocupa, pois desconheço até que ponto um partido pode convocar seus apartidários e simpatizantes a combaterem um dos meios que é de fundamental importância para a sustentabilidade da democracia. O governo Lula, no meu entender, é até poupado pela mídia. Pois, lembro de governos anteriores, quando não havia tantos escândalos políticos envolvendo corrupção, em que a mídia batia fortemente nos governantes.

Essa convocatória do PT me parece um desvio da atenção dos seus próprios militantes da veracidade dos fatos. Independentemente de partido, não me lembro de ter visto tantos escândalos de corrupção no país como nos últimos anos. O país certamente está crescendo e a renda subindo, como é citado na notícia, mas não de forma sustentável como deveria para vir a tornar-se auto-suficiente, com uma economia sólida. O crescimento do Brasil, hoje, é conseqüência da economia globalizada que favorece o nosso país e não só pela política do governo Lula, pois os juros continuam altos e o câmbio desfavorável para a exportação, o que é totalmente prejudicial para um país que deseja crescer.

Mas, junto a esse crescimento existe todo um sistema no país que sofre com os gargalos logísticos. As estradas mal condicionadas, portos com problemas de calados, aeroportos que nem é necessário exemplificar, são problemas que atrapalham freqüentemente o PIB nacional. Tirando o fato dos aeroportos, pouco vejo ser noticiado na mídia os outros problemas que são de responsabilidade do Governo Federal. Então, vejo que o PT e o seu governo têm sido de certa forma poupados. Não é preciso muita força para lembra de quanto o problema do apagão energético foi notícia na mídia durante o governo Fernando Henrique. Agora, pouco se vê do apagão logístico do atual governo.

Esses são alguns exemplos para que fique claro que o atual governo não tem sido vítima da mídia e sim mais poupado do que pensa ser atingido. Então, utilizar-se de sua militância e ao mesmo tempo iludi-la de que a sua política esteja sendo agredida é o que chamo de "cegueira frente aos fatos". Mas, o que também não poderia ser considerado muito problema num país em que o presidente nunca sabe de nada quando se trata de corrupção no seu alto escalão.

Pode ser um exagero, mas só espero que isso não acabe numa Venezuela II, onde parte da população foi iludida a acreditar que a oposição estava sendo prejudicial àquela nação e acabaram caçando a concessão de um dos seus mais importantes veículos de comunicação. Nesse aspecto eu elogio o PT, que quando era oposição fazia um importante e excelente trabalho para o Brasil. Pena que como governo não teve tanto sucesso.

Oposição para mim é como a livre concorrência, onde os bons comerciantes a utilizam para diferenciar-se no mercado, positivamente, e que todos os nossos políticos utilizem aquele velho jargão do campo da administração que sugere "tirar-se de um problema uma oportunidade".

Esse fato foi notícia também no site comunique-se.